Divulgação: Estratégias de Enfrentamento de Jovens Trabalhadores Diante das Relações Abusivas de Poder nas Organizações

Alice de Freitas Oleto

José Vitor Palhares

Kely César Martins de Paiva

Jane Kely Dantas Barbosa

Nossa intenção ao escrever um texto sobre as estratégias de enfrentamento das vítimas contra a violência e o abuso de poder sofridos por eles no trabalho foi ampliar a compreensão do comportamento humano nas organizações, já que engloba as diferentes formas com que os trabalhadores se adaptam, lidam e superam as condições adversas vivenciadas no local de trabalho, principalmente com um grupo de profissionais com especificidades e características distintas que são os jovens trabalhadores. Assim, buscamos nesse texto analisar as estratégias de enfrentamento de jovens profissionais perante as relações de poder estabelecidas nas organizações. Com isso, foi possível compreender as estratégias cognitivas e comportamentais usadas por esses jovens mediante a realidade de abusos de poder e situações opressoras e constrangedoras em determinados contextos.

É sabido que na sociedade contemporânea em que vivemos hoje em dia, o ambiente laboral vem se tornando instável e dinâmico, trazendo novas exigências ao trabalhador. A atualização constante, a competição, a necessidade de ser adaptável e de se autogerir pode levar o trabalhador a se tornar mais exposto a situações de poder e desequilíbrio que afetem a sua saúde. Essas situações podem produzir humilhação, ofensa e constrangimento à vítima, gerando descompensações psicológicas e físicas graves a ela.

Mas, apesar de a obediência ser, na maioria das vezes, o principal resultado do exercício do poder nas organizações, alguns trabalhadores podem criar estratégias de enfrentamento quando são expostos à violência e ao abuso de poder em suas relações de trabalho. E como esse enfretamento pode ocorrer? Por meio de vingança?  Por meio do confronto? Usando de retaliação? Tendo comportamentos defensivos?

No caso dos jovens trabalhadores pesquisados, devido à posição hierárquica que assumem e a própria condição de ser jovem e do medo das possíveis punições (inclusive o medo da perda do emprego), em um primeiro momento imaginamos que não existiria estratégias de enfrentamento mais conflitivas diante das relações abusivas de poder de seus superiores. Porém, além de estratégias de enfrentamento direto, como questionamento, reclamações ou até mesmo ameaça física ou psicológica, os jovens trabalhadores utilizam também de estratégias que alteram a forma de ver a situação problema, como as faltas no trabalho, o isolamento, o desprendimento e as fugas e esquivas.

O que percebemos é que, seja qual fosse as motivações e os modos de protagonizar o enfrentamento, o seu uso tinha a intenção de aliviar o sofrimento da vítima, além de fortalecê-la com a reelaboração da experiência vivida frente à violência e o abuso de poder sofridos. Assim, ao desenvolver estratégias de enfrentamento, o sujeito ganha condições para reconfigurar o sentido da situação e, além de reconhecer o contexto de abuso de poder, consegue administrar sua própria subjetividade e flexibilizar seu comportamento para se defender.

Para conferir o artigo completo, acesse o link:

http://www.spell.org.br/documentos/ver/57442/estrategias-de-enfrentamento-de-jovens-trabalhadores-diante-das-relacoes-abusivas-de-poder-nas-organizacoes/i/pt-br

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